Eduardo Braga

13/11/2024

“A regulamentação do mercado de crédito de carbono traz justiça para a Amazônia”, comemora Eduardo Braga

Para o senador Eduardo Braga (MDB-AM), a aprovação pelo Senado do PL 182/2024, que regulamenta o mercado de crédito de carbono no Brasil, faz justiça com a Amazônia, garantindo que a floresta em pé valha mais do que a floresta derrubada. Ele fez um contundente pronunciamento durante a discussão da matéria, que agora segue de volta para a Câmara dos Deputados.

O grande desafio desde sempre na Amazônia é fazer com que a árvore em pé valha mais do que a árvore derrubada. Essa lei traz justiça para a Amazônia, traz esperança. Poderemos fazer uma política de conservação que não seja prendendo o caboclo, que não seja penalizando o indígena, o extrativista. E nós vamos dizer que eles terão o reconhecimento pelos serviços ambientais prestados”, afirmou Braga.

A postura de Braga gerou elogios entre os colegas. “Parabéns senador Eduardo Braga pelo pronunciamento muito contundente”, cumprimentou o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG). “Pronunciamento preciso”, emendou o senador Rogério Carvalho (PT-SE).

Antigo defensor da remuneração pelos serviços ambientais prestados pela Amazônia, Braga destacou que seu estado, o Amazonas, assim como os demais que garantem a conservação da maior floresta de pé do planeta, vem sendo proibido de desmatar, sem que os guardiões dessa mesma floresta sejam reconhecidos.

Nos apontam o dedo e nos acusam pelo desmatamento, pelo aquecimento climático, mas ninguém, nem mesmo os que enriqueceram em função do ritmo hidrológico da Amazônia, nunca se dispôs a criar um mercado de sequestro de carbono que pudesse recompensar o guardião da floresta, seja o caboclo, o extrativista, o índio, pelos serviços ambientais que a floresta em pé presta. E presta para quem? Presta para os brasileiros e para a comunidade internacional”, afirmou o senador.

E acrescentou: “A floresta amazônica é responsável pelo ritmo hidrológico que possibilita ao Brasil ser o país do agronegócio, o país da soja, do algodão, do milho, ser o país das hidrelétricas. Porque sem chuva, não tem reservatório de água para gerar energia, sem chuva não tem soja, o que temos é fogo na floresta. E o que nós temos é pobreza e miséria na Amazônia, lamentavelmente. Eu sou um amazonense, um amazônida e eu quero que o povo da Amazônia e do Amazonas tenham direito a prosperidade e a ter um desenvolvimento sustentável”.

Ao manifestar seu voto convicto a favor da aprovação da matéria, Braga destacou ainda a importante sinalização que o projeto dá ao restante do planeta. “Com a regulamentação do mercado de carbono, nós estamos dizendo para o mundo que nós somos capazes de ter uma lei pela qual as atividades econômicas que se beneficiam do ritmo hidrológico da floresta, que se beneficiam da biomassa da floresta, paguem pela floresta em pé, pelos serviços que ela presta. Sem essa lei, qual a autoridade moral que temos para exigir da comunidade internacional o reconhecimento por esses serviços?”, concluiu.

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