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Em entrevista ao Roda Viva da TV Cultura na noite desta segunda-feira (7), o senador Eduardo Braga (MDB-AM), confirmou o interesse de seu partido em participar da sucessão no comando das duas casas do Legislativo, a exemplo do que vem defendendo no Senado seu colega de bancada, Renan Calheiro (MDB-AL).
“É óbvio que temos o interesse em participar do debate da Câmara e do Senado. Aí haverá uma reunião das bancadas, o que ainda não aconteceu. Mas hoje somos 11 senadores e ainda termos a possibilidade de crescermos, pois estamos conversando com alguns senadores com interesse de vir para o MDB. Portanto é natural que o MDB postule as questões da Câmara e Senado”, afirmou.
Indagado se poderia ser o candidato do MDB à sucessão de Rodrigo Pacheco (PSD-MG), ele respondeu que “ninguém é candidato de si próprio”, mas precisa de apoio do próprio partido, além de um conjunto de senadores e legendas que possam representar a maioria. “Isso não depende de eu querer, mas da vontade de mais de 41 senadores quererem”, concluiu.
Eduardo Braga também considera natural que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva seja o candidato para a reeleição em 2026, na medida em que lidera hoje um projeto de reconstrução de um projeto nacional. Embora o presidente ainda hoje critique o MDB, por ter apoiado o impeachment de Dilma Rousseff, o senador afirmou que “é preciso olhar para o futuro” e não vê problemas de seu partido compor uma eventual chapa com Lula em 2026. “É absolutamente legítimo que um partido como o MDB tenha pretensões de compor a chapa majoritária com o presidente Lula“, afirmou.
Reforma ministerial
Em meio as negociações de Lula para ampliar a base de sustentação do governo no Congresso, o senador disse que o presidente tem toda liberdade para fazer as mudanças ministeriais que sejam necessárias. “A questão ministerial é uma decisão do presidente da República. O Executivo é representado pelo voto direto da população e o presidente tem a liberdade de, a qualquer momento, fazer as mudanças que entender necessárias no ministério, não apenas para ampliação de base ou até mesmo para que possa performar melhor na sua avaliação aquele ministério”, disse Braga.
O senador reconheceu o fortalecimento do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, dentro do governo com a aprovação da agenda de reformas econômicas. “Conheço Haddad há muitos anos e para mim não é uma surpresa, sei da sua capacidade, competência e capacidade de diálogo e construção. Sim, ele sai fortalecido e tem se fortalecido não só no governo mas diante da opinião pública e diante do mercado nacional e internacional pela sua coerência”, afirmou o senador.